Gosto muito de livros. Sim, livros! Gosto de lhes tocar, sentir o seu odor, respirar as suas palavras…
Quando decido ler um livro, faço dele meu companheiro de todas as horas. Por ele deixo a televisão, a Internet, o sono, entregando-me verdadeira e incondicionalmente. No entanto, não sou daquele tipo de pessoas que diz que não se deve escrever nos livros, antes pelo contrário. Gosto de sublinhar os pensamentos e as ideias que me despertam, fazer anotações, comentários. Enfim, dar-lhes vida para além daquela que eles já possuem.
Foi num desses momentos particulares de dar vida aos livros que sublinhei e anotei a seguinte frase de Carlos Drummond de Andrade: “ Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa, mas apenas um para amá-la.”. Devo dizer que gostei particularmente, desde logo, desta frase. Afirmei, num primeiro contacto, a sua veracidade, embora tenha vindo a verificar nela, mais tarde, uma certa fragilidade. De facto, são várias as razões pelas quais uma pessoa diz não gostar de outra, pequenas insignificâncias que fazem toda a diferença. No entanto, para gostarmos de alguém basta apenas um argumento, o que quer que seja, que faz com que aquela pessoa passe a ser única na nossa vida. É a força de um contra muitos argumentos que torna o AMOR um sentimento praticamente inexplicável.
Vivi durante dias e dias com este pensamento na cabeça, e parecia que nada à minha volta fazia tanto sentido… Todavia, reflectindo um pouco mais, cheguei à conclusão de que a frase não correspondia assim tanto à realidade, e dei-me ao luxo de alterar um pequeno pormenor (perdoa-me, Carlos Drummond de Andrade). Ficou então assim: Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa, e nenhum para amá-la. Na verdade, a ausência de explicação no que diz respeito ao desenvolvimento deste nobre sentimento, requer que corrija o que escrevi há pouco. Para gostarmos de alguém não é preciso ter-se um único motivo que seja, porque o AMOR é auto-suficiente, basta-se a si próprio. Gostamos de alguém porque sim, porque passamos a considerar que é a pessoa mais importante da nossa vida, sem darmos importância aos inúmeros defeitos que, porventura, possua. Este pequeno pormenor faz, no meu entender, toda a diferença, na medida em que afirma a incondicionalidade do AMOR, tornando-o o sentimento mais genuíno, mais desinteressado de todos os sentimentos.
Quando decido ler um livro, faço dele meu companheiro de todas as horas. Por ele deixo a televisão, a Internet, o sono, entregando-me verdadeira e incondicionalmente. No entanto, não sou daquele tipo de pessoas que diz que não se deve escrever nos livros, antes pelo contrário. Gosto de sublinhar os pensamentos e as ideias que me despertam, fazer anotações, comentários. Enfim, dar-lhes vida para além daquela que eles já possuem.
Foi num desses momentos particulares de dar vida aos livros que sublinhei e anotei a seguinte frase de Carlos Drummond de Andrade: “ Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa, mas apenas um para amá-la.”. Devo dizer que gostei particularmente, desde logo, desta frase. Afirmei, num primeiro contacto, a sua veracidade, embora tenha vindo a verificar nela, mais tarde, uma certa fragilidade. De facto, são várias as razões pelas quais uma pessoa diz não gostar de outra, pequenas insignificâncias que fazem toda a diferença. No entanto, para gostarmos de alguém basta apenas um argumento, o que quer que seja, que faz com que aquela pessoa passe a ser única na nossa vida. É a força de um contra muitos argumentos que torna o AMOR um sentimento praticamente inexplicável.
Vivi durante dias e dias com este pensamento na cabeça, e parecia que nada à minha volta fazia tanto sentido… Todavia, reflectindo um pouco mais, cheguei à conclusão de que a frase não correspondia assim tanto à realidade, e dei-me ao luxo de alterar um pequeno pormenor (perdoa-me, Carlos Drummond de Andrade). Ficou então assim: Existem muitos motivos para não se amar uma pessoa, e nenhum para amá-la. Na verdade, a ausência de explicação no que diz respeito ao desenvolvimento deste nobre sentimento, requer que corrija o que escrevi há pouco. Para gostarmos de alguém não é preciso ter-se um único motivo que seja, porque o AMOR é auto-suficiente, basta-se a si próprio. Gostamos de alguém porque sim, porque passamos a considerar que é a pessoa mais importante da nossa vida, sem darmos importância aos inúmeros defeitos que, porventura, possua. Este pequeno pormenor faz, no meu entender, toda a diferença, na medida em que afirma a incondicionalidade do AMOR, tornando-o o sentimento mais genuíno, mais desinteressado de todos os sentimentos.




8 comentários:
Parece-me que és uma apaixonada por natureza.
Gosto da maneira comprometedora com que falas dos livros e, especialmente, daquela achega ao sentimento AMOR.
Penso que ler é, por vezes, experimentar o amor. Sermos umas marionetas do autor e sentir, à nossa maneira, aquilo que descreve.
O amor não se constrói, não se planeia, nem, muito menos, funciona por leis. Pelo contrário, é natural, espontâneo e pode acontecer a qualquer momento.
Até há pouco tempo atrás não acreditava no amor à primeira vista. Comecei a acreditar, quando comecei a viver a vida.
A propósito da força “viva”que é um livro, permite-me citar o famoso comediante, Groucho Marx: “Outside of a dog, a book is a man's best friend; inside of a dog, it's to dark to read.” A brincar dizem-se grandes verdades.
Agora, já não tenho tanta certeza que Carlos Drummond de Andrade aprovasse a correcção.
Pois eu acho que seria interessante trazer de volta Carlos D.Andrade, para que juntos, os dois autores pudessem discutir uma nova versão do Amor!
Independentemente do que ele diria, acho que, como leitora, a Bárbara dá um novo sentido às palavras e actualiza-as de uma forma muito peculiar e legítima.
Eu concordo com o novo pensamento...
para muitos: é um prazer escrever sobre o amor, principalmente, quando se está apaixoado..não compreendo é porque tentam descrever-Lo como acontece-se de uma maneira e acaba-se de outra..
e tudo o que nunca experimenta-mos Nele e temos vontade de experimentar...qual é o seu lugar?
será que estamos mesmo tao apaixonados como escrevemos hoje?...
...os sentimentos mudam, por vezes para mais fortes, mas não seremos capazes de escrever "agora sei o que é e como é o Amor, concordas Bábál?
bj* Ricardo
Muito bonito, gosto cada vez mais do teu blog, continua a ser a aquela optima pessoa que sempre foste e sempre serás. Beijos com saudade. De um Amigo...
Acho que tens toda a razão quando dizes que o amor é um sentimento inexplicável. È que não há volta a dar-lhe!! Gostei também da forma que tratas os teus livros... por momentos apeteceu-me ser um livro teu...
Bárbara, agradeço as palavras e esclareço (já o fiz tantas, tantas vezes...): os textos não são pessoais mas sim literários (com tudo o que está implicito...).
Gostei das tuas palavras e de algo em comum: Drummond.
"Se de tudo fica um pouco"...fica também um pouco de ti no meu Blog..
Bjs
Tenho de voltar cá com mais tempo para te ler pois parece-me que tens coisas muito interessantes para ler!
Beijo
Não só por retribuir o comment que fizeste no meu blog, mas também pelos lindos textos que partilhas connosco.
Escolhi este post, particularmente, por considerar que o que rege a vida é realmente o Amor e todos os outros sentimentos/momentos que advém dele. Por muito que tentemos transparecer por palavras o que se vê no coração através do olhar, é impossivel chegar a uma descrição perfeita do que é o Amor. O Amor sente-se e pronto!
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