Saudades...do Egipto e de vocês!

Quando decidi, em conjunto com os meus colegas de curso, organizar uma viagem de finalistas, devo confessar que o destino que primeiramente me seduziu foi o Brasil. Não sei se pelas praias paradisíacas, se pela língua, se pelo divertimento nocturno… A verdade é que tinha o Brasil na cabeça, e ponto final! Contudo, e para grande tristeza minha, esse não foi o destino escolhido e acabei por ir para o Egipto.
Devem estar a questionar-se, neste momento, o motivo pelo qual estou para aqui a relatar a minha vida pessoal. Talvez não queiram continuar a acompanhar-me neste percurso; todavia, não poderei deixar de partilhar convosco esta experiência única.
O Egipto é um país maravilhoso e, apesar de ter uma cultura bastante diferente da nossa (retrógrada, para alguns!), não acredito que alguém que ouse conhecê-lo lhe possa ficar indiferente. É surpreendente ver como por todo o lado as pessoas nos abordam para vender o que quer que seja; é surpreendente constatar a quase inexistência de mulheres nas ruas (até nos hotéis quem faz a limpeza são os homens!), e como mantêm ainda bem viva a tradição de comprar mulheres em troca de camelos.
Mas não foi somente o povo que me fascinou… A cidade de Luxor (que significa palácios), e o templo de Karnak; o museu do Cairo e do papiro; a dança do ventre; a esfinge e as pirâmides… Essencialmente as pirâmides!
Porém, é do safari no deserto que guardo mais boas recordações. Conhecer o povo beduíno, ainda mais pobre que os egípcios que não moram no deserto e que vive à custa destes passeios turísticos; andar de camelo e moto 4; fumar o cachimbo do deserto; ver as estrelas como em quase nenhum sítio da Europa se podem ver, é algo completamente indescritível.
Por isso, hoje agradeço aos meus colegas pelo facto de, na sua maioria, terem preferido o Egipto. Descobri que, para além do que referi e do que ainda ficou por dizer, este país também possui praias lindíssimas, mais propriamente as situadas nas costas do mar Vermelho, onde as suas águas límpidas e cristalinas nos permitem vislumbrar a beleza dos corais, que, devido à sua cor avermelhada, dão o nome ao mar.