Quando, por curiosidade, me propus a dar uma olhadela pela lista de Vocábulos Admitidos como Nomes Próprios da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, estava convencida de que iria encontrar, para além daqueles com que vulgarmente convivemos, nomes detentores de uma rara beleza, desconhecidos da maior parte das pessoas. Ora qual não foi o meu espanto ao constatar que não existia praticamente nenhuma diferença entre essa lista de Vocábulos Admitidos e a lista de Vocábulos Não Admitidos.
Ainda que não seja propriamente um nome feio, o que levará uma mãe a dar o nome Eurídice a uma criança? Bem, já sei... Talvez o facto de querer forçosamente contrariar as tendências genéticas, de modo a que a filha seja, para além de bonita, fiel conjugalmente.
Atentemos agora nos nomes masculinos Engrácio, Hipólito e Lopo e sejamos sinceros... Por mais bonitas, inteligentes e dotadas que estas criaturas possam ser, a primeira reacção ao seu nome, por parte de desconhecidos, vai ser sempre a mesma. Acreditando até que nem toda a gente é parva e estúpida como eu, e que não se vai rir por isso, penso que é sempre uma situação desconfortável ver a cara de idiota da pessoa que está à nossa frente. Para além de que, a menos que se tornem artistas, vão ter sempre de subir na vida através de muito esforço, nem sempre recebendo o devido valor.
Contudo, o pior nome masculino que encontrei foi Natão. Não sei por que razão, mas imaginei logo um rapaz alto e gordo, com umas grandes bochechas, cheio de borbulhas e caspa no cabelo, e com um letreiro na testa a dizer: Já que não me comes pelo que sou, come-me ao menos pelo nome que tenho (tenho de concordar que este, afinal, até é um bom nome!).
Quanto aos nomes femininos Torpécia e Simoneta, a religião só tem a ganhar com isso. Vão ser, com toda a certeza, mulheres feias e com pelos nas bentas, mas dedicadas à Igreja e incapazes de cometer um aborto.
Enfim, mal por mal, prefiro continuar a ser Bárbara, grosseira, selvagem e cruel... Assim as Barbaridades sempre ganham mais um textito!
Ainda que não seja propriamente um nome feio, o que levará uma mãe a dar o nome Eurídice a uma criança? Bem, já sei... Talvez o facto de querer forçosamente contrariar as tendências genéticas, de modo a que a filha seja, para além de bonita, fiel conjugalmente.
Atentemos agora nos nomes masculinos Engrácio, Hipólito e Lopo e sejamos sinceros... Por mais bonitas, inteligentes e dotadas que estas criaturas possam ser, a primeira reacção ao seu nome, por parte de desconhecidos, vai ser sempre a mesma. Acreditando até que nem toda a gente é parva e estúpida como eu, e que não se vai rir por isso, penso que é sempre uma situação desconfortável ver a cara de idiota da pessoa que está à nossa frente. Para além de que, a menos que se tornem artistas, vão ter sempre de subir na vida através de muito esforço, nem sempre recebendo o devido valor.
Contudo, o pior nome masculino que encontrei foi Natão. Não sei por que razão, mas imaginei logo um rapaz alto e gordo, com umas grandes bochechas, cheio de borbulhas e caspa no cabelo, e com um letreiro na testa a dizer: Já que não me comes pelo que sou, come-me ao menos pelo nome que tenho (tenho de concordar que este, afinal, até é um bom nome!).
Quanto aos nomes femininos Torpécia e Simoneta, a religião só tem a ganhar com isso. Vão ser, com toda a certeza, mulheres feias e com pelos nas bentas, mas dedicadas à Igreja e incapazes de cometer um aborto.
Enfim, mal por mal, prefiro continuar a ser Bárbara, grosseira, selvagem e cruel... Assim as Barbaridades sempre ganham mais um textito!
15 comentários:
Ou por exemplo maria das dores cheinho couves como apanhei no contact center.
Beijos e feliz ano novo
Bábá você é o máximo! Adorei esta barbaridade...bjoooss
O nome não faz a pessoa...
É verdade que o nome não faz a pessoa, mas ajuda muito.
Tomemos o caso de alguem que quer ser senhor da guerra, o nome de Adolfo era excelente e ficava no ouvido; por outro lado o nome de Angelina, era o nome ideal para a nossa Blogger, linda como é e simpatica, era o nome que lhe ficava a matar!!!! ;-) Beijão grande e continua assim!!!
´...pois é! Essa cabecita está repleta de preconceitos! Só o vulgar passa, só o normal sobe na vida! Tudo o resto é gordura e caspa no cabelo? Quem define o normal? Quantos exemplos de nomes estranhos quer que chegaram onde os sonhos os conduziram, quantos? Dois ou três, Agostinha, Grilo, Amelie, ... é pensar nisso!
Resposta ao último anónimo:
Não fiques enervado, pois eu concordo em pleno com o que dizes... O texto está escrito num tom de brincadeira, e tem mesmo esse propósito: brincar com alguns nomes menos vulgares! A vida não pode ser levada tão a sério... Mas obrigada pelo comentário...
Natão...
Poderia ser o nome do filho de um pasteleiro frustrado... o qual sempre quis fazer o pastel de nata do tamanho da tarte de maçã, e os seus pares com mesma profissão nunca lhe aprovarem tal feito… dizendo “ C’um caneco… isso é um natão”, e este para imortalizar o nome, o desse ao seu filho… relativo à discrição, bem… sendo o pastel de massa folhada…. a caspa… a gordura das natas… relacionar isto com o peso e o volume… transformar isto tudo num… ão …como natão… acho que a descrição se aproxima...
Bom 2007...
Que grande fatalidade...Sinceramente acho que o nome deste blog não se adequa nem um poucochinho ao seu contéudo...Os textos tão muito fixes...beijinho
oi!
gostei...já pensate que em vez de Bárbara podia-te ter dado o nome de um palavrão (por exemplo:- Não digo, tenho vergonha ! mas pensei...)
Claro que o nome não faz a pessoa, mas se pensarmos neles com amor, um nome "diferente" até se torna bonito!...
continua a escrever sua doidona!
: )
Não posso deixar de discordar da corrente dominante que de uma forma leviana já decidiu que os nomes não fazem as pessoas. Na verdade fazem, não é que eu esteja ao lado do “anonymous zangado” o qual não conheço nem nunca me foi apresentado, é outra a minha versão!
Todos sabem que o nosso cérebro responde a estímulos das formas mais variadas e também todos suspeitam que o que conhecemos dessas respostas corresponderá a uma ínfima parte desses pares acção-reacção. O mais popular, ou mais recentemente badalado, tem a ver com a leitura que o cérebro faz do traço descontinuo quando viajamos durante muito tempo, ao longo de uma Auto-Estrada por exemplo. Dependendo da velocidade e de um conjunto de outros factores que agora não me lembra, o traço descontínuo pode ser interpretado como um código binário e desencadear reacções o mais díspares possíveis (pelo menos sono desencadeia…)
Ora é aqui que começa a minha teoria. Pessoas com nomes com vogais abertas, tipo Berta, Marta, Zé, Ricardo, André, ao ouvirem o seu nome durante a sua vida, quando as chamam, o seu cérebro é sujeito a estímulos que lhes moldam o carácter contribuindo para que se tornem mais extrovertidas e alegres.
Por outro lado, pessoas com nomes com vogais fechadas e nasaladas, tipo Armanda, Fernando, Alexandre, tendem a ser mais soturnas e tristes.
Claro que haverá Armandas alegres e extrovertidas, o efeito que julgo existir não é definitivo e fatalista, apenas contribui para moldar o carácter, dependendo muito do ponto de partida, da fibra dos ditos…
Mas melhor do que concordarem ou discordarem da minha teoria façam o teste, pensem nos vossos amigos, nos nomes pelos quais os costumam tratar (cuidado que Alex é diferente de Alexandre) e tirem conclusões. Dá que pensar não dá?
O nome não faz a pessoa? hm...
Se dividirmos cada Ser Humano nas suas "peças" constituintes e considerarmos que cada uma delas não é determinante para o seu todo, chegamos à conclusão que, afinal, um ser humano nada é. É óbvio que uma ANA ou uma MARIA não são vulgares, apenas pelos seus pais terem seguido a moda-dos-nomes, mas quem é que já não estereotipou uma Maria das Dores como uma mulher-do-campo ou uma Cátia Vanessa (soa melhor se for dito Cátia Bánessa ;) como uma personagem de filmes menos próprios???
ps. gostei bastante do blog!
JGeria,
Deixando à margem o tal comentário anónimo, devo dizer que a teoria que expõe é, sem dúvida, bastante interessante. Talvez seja a mesma que diz que os gordos são mais alegres que os magros, que quem tem a testa alta é mais inteligente, etc. No entanto, e como também refere, isso não corresponde inteiramente à verdade, depende muito de outros factores, entre os quais destaco a hereditariedade e o meio em que se vive.
Mas o seu comentário pôs-me a pensar em algumas pessoas, e, de facto, em alguns casos, até bate certo... Puras coincidências!
Parece é que tenho de deixar de chamar Alexandre ao vosso cão... Como ladra muito, encaixa-lhe melhor o nome Alex!
Nunca podemos agradar a Gregos e Troianos. Um nome é o que é, não define a pessoa.
Agradeço as palavras.
bj
Gui
O Cão. O Cão nunca me enganou! Aquele cão. Em relação ao dito tenho uma outra teoria que não é mais que um corolário da primeira: Teoria do Carácter Auto-Induzido. Vejamos. O Cão ladra muito porque tem uma vida absolutamente estúpida. Alguém achou que ele iria gostar de viver num quintal para o resto da vida e vai daí nem lhe deram oportunidade de expor a sua opinião. E então o que é que o animal faz, como bicho inteligente que é? Ladra, alto, e...cá está, com vogais abertas! Tentando, isso mesmo, auto-induzir em si próprio uma forma mais positiva de ver a estúpida vida que o obrigaram a ter. Boa?
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