Pois é… E porque, mais uma vez, estou sem ideias, vou falar-vos de algo bastante banal: elevadores. Sim, ouviram bem… Elevadores!
Adoro elevadores… Em primeiro lugar, porque sou bastante preguiçosa, e subir muitos degraus faz mal à mente. Em segundo lugar, porque sempre que ando de elevador fico mais rica sob o ponto de vista da análise do comportamento humano. Senão vejamos:
Como muitos de vocês já devem ter reparado, ninguém olha em frente num elevador, ou pelo menos quase ninguém. Há pessoas que olham para o chão, de modo a verificarem se os sapatos estão bem engraxados; outras que olham para cima, numa tentativa de descobrirem alguma teia de aranha no tecto; e ainda aqueles que, fazendo-se crer mais intelectuais, se põem a ler a lotação e o peso máximo do elevador.
As razões para tais procedimentos são desconhecidas; no entanto, arrisco-me a fazer uma pequena análise, ainda que bárbara. Se alguém for sozinho no elevador com pessoas que não conhece, olhá-las nos olhos dá a ideia de que estamos a meter o bedelho em algo para o qual não fomos chamados, tornando-se sempre uma situação embaraçosa para as duas partes. Se, por outro lado, estamos acompanhados por amigos no elevador, a situação é ainda bem pior. Olhar um amigo de frente com estranhos à volta provoca uma súbita e inexplicável vontade de rir, impossível de ser controlada, e bastante constrangedora para quem ali se encontra.
Todavia, a pior situação a que já presenciei num elevador, requer, como pré-requisito, que este se encontre totalmente cheio, de modo a que as atenções se virem exclusivamente para aquele pobre coitado que, por tendo sido o último a entrar (ou não!), teve de ficar naquele repudioso lugar: o meio. Nesse momento, o desconforto cresce exponencialmente e, a mim, como boa pessoa que sou, só me resta fazer votos para que essa pessoa possua uma aparência bastante agradável… Caso contrário, irá sentir-se realmente mal.
E é por isto, e não só, que há muito tempo cheguei à conclusão de que o contacto visual num elevador é, indubitavelmente, muito perigoso.
Adoro elevadores… Em primeiro lugar, porque sou bastante preguiçosa, e subir muitos degraus faz mal à mente. Em segundo lugar, porque sempre que ando de elevador fico mais rica sob o ponto de vista da análise do comportamento humano. Senão vejamos:
Como muitos de vocês já devem ter reparado, ninguém olha em frente num elevador, ou pelo menos quase ninguém. Há pessoas que olham para o chão, de modo a verificarem se os sapatos estão bem engraxados; outras que olham para cima, numa tentativa de descobrirem alguma teia de aranha no tecto; e ainda aqueles que, fazendo-se crer mais intelectuais, se põem a ler a lotação e o peso máximo do elevador.
As razões para tais procedimentos são desconhecidas; no entanto, arrisco-me a fazer uma pequena análise, ainda que bárbara. Se alguém for sozinho no elevador com pessoas que não conhece, olhá-las nos olhos dá a ideia de que estamos a meter o bedelho em algo para o qual não fomos chamados, tornando-se sempre uma situação embaraçosa para as duas partes. Se, por outro lado, estamos acompanhados por amigos no elevador, a situação é ainda bem pior. Olhar um amigo de frente com estranhos à volta provoca uma súbita e inexplicável vontade de rir, impossível de ser controlada, e bastante constrangedora para quem ali se encontra.
Todavia, a pior situação a que já presenciei num elevador, requer, como pré-requisito, que este se encontre totalmente cheio, de modo a que as atenções se virem exclusivamente para aquele pobre coitado que, por tendo sido o último a entrar (ou não!), teve de ficar naquele repudioso lugar: o meio. Nesse momento, o desconforto cresce exponencialmente e, a mim, como boa pessoa que sou, só me resta fazer votos para que essa pessoa possua uma aparência bastante agradável… Caso contrário, irá sentir-se realmente mal.
E é por isto, e não só, que há muito tempo cheguei à conclusão de que o contacto visual num elevador é, indubitavelmente, muito perigoso.
5 comentários:
Bárbara.
Oi! Obrigada pela visita.
"Bárbara!" a tua colocação sobre os elevadores. Fez-me lembrar de um texto que tenho sobre o Silêncio. Parabéns. Inteligente, sagaz,perspicaz.
Quanto ao AMor Eterno de que falas... não é exatamente AMOR ETERNO e sim um sentimento que deixa rai]izes. Penso que é isto que Maria está vivenciando.
Deus te abençoe!
Miriam
Olá! Venho retribuir a tua visita. =) Aproveito para dizer que também há aqueles (como eu!), que quando estão sozinhos no elevador, aproveitam para olhar no espelho... E, por vezes, até esse contacto visual incomoda... Um beijo. Tudo de bom.
eu, pessoalmente, olho para os nós das gravatas e para os cabelos...muitas das vezes até dá arrepios!...
:)
sim, cabelos sujos!..gravatas ao lado...
conclusão: se formos pelas escadas não nos deparamos com essas badalhoquices...
próximo encontro(elevador/escadas)
jinhos
Olá! Não venho retribuir a tua visita! Nem tenho nada para dizer sobre Amor Eterno e tal...
Apenas queria deixar o meu apreço pela temática dos elevadores... sabes que a genialidade da coisa está precisamente na (re)descoberta do banal, sendo que neste caso eu acho que o "Elevador" é um falso banal...
O Elevador é o espaço onde as mais animalescas vontades do homem se colocam à prova. As pessoas são forçadas a entrar de uma forma intrusiva na esfera intima e pessoal do outro, ao ponto de lhe sentirem o hálito... o bafo!
No elevador não há fuga, o espaço que nos resguarda dos outros é agora comunitário, sentimo-nos invadidos, penetrados na nossa carcaça citadina, é duro...
Mas a sublime prova do elevador não passa pelo conjunto, passa pelo elemento, pelo individuo. Aquele momento unico em que entras no elevador no R/C e primes o botão do décimo. Entre ti e o teu destino estão 10 portas. Em qq uma delas podem entrar pessoas, para já estás só. A questão que começa a incendiar o teu ser é: largar ou não largar? Tudo pode acontecer... Se largares já as probabilidades de seres apanhada em flagrante diminuem porta a porta, nas últimas quase não se notará... Se demorares muito tempo a decidir podes acabar por largar já em cima de uma porta e... a seguir... quase de certeza vai entrar algém! O jogo faz subir a adrenalina. Os resultados podem ser brutalmente melhorados se o elevador for de um prédio/serviços onde conheças muita gente. A segunda questão, que só terá importância se a largada for junto a uma porta é: largar com ou sem ruido? Não há duvida que largar com ruido, tipo rasgador, aumenta e muito o efeito relaxante e alimenta o ego, contudo dois riscos crescem exponencialmente: 1) ser detectado mais rapidamente, 2) poder manchar a toillete. O Elevador já começou a sua ascenção. A decisão tem que ser tomada, já...cada segundo representa uma eternidade... pensa, pensa, a vida é feita de riscos... e... TRAZZFZZZZFFF!
Na vida, tal como nos elevadores, umas vezes estamos em cima… como por vezes estamos bastante em baixo… a não esquecer que quando descemos ao mais baixo patamar a única hipótese é subir…
Bem…
Quem nunca ouvir falar na frase “Os olhos são os espelhos da alma” ou noutro dialecto “ ús jolhos são ús chepelhos da alma”… (porra que dialecto esquisito) … Talvez seja este o motivo porque um olhar, olhos nos olhos, quando desferido por um estranho nos incomoda, estão a mexer com a nossa intimidade sem autorização… (será?!...), depois são as distancias consideradas sociais que não se conseguem respeitar no elevador… tocar noutra pessoa revela só por si um grau de intimidade por vezes não permitido por alguns…
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