São já do conhecimento geral as propostas apresentadas pelo Governo no sentido de facilitar o divórcio aos portugueses. Como todos sabem, quando uma pessoa casada pretende pôr fim à relação matrimonial, tem hoje duas hipóteses: ou obtém o consentimento do cônjuge, e ver-se-á divorciada a curto prazo e a custo razoável; ou não o obtém e terá de provar que a culpa da situação é do cônjuge, acabando por vir a pagar muito em tempo e em dinheiro.
Na minha opinião, esta situação é fortemente injusta. Por um lado, porque prolonga indefinida e desnecessariamente situações de conflito; por outro lado, porque protege os mais fortes, ou seja, num casal em que só um dos cônjuges tenha rendimentos próprios, ou em que o rendimento de um seja muito superior ao rendimento do outro, o mais rico pode fazer prolongar os processos, dificultando a vida do outro.
A Família é muito importante, sem dúvida, mas manter um casamento só porque um dia alguém nos disse que este deveria ser para toda a vida, porque a Igreja assim o quer, é um erro muito grave. O casamento só faz sentido se existir Amor, se existir respeito e cumplicidade entre o casal, caso contrário, só acarretará sofrimento, principalmente se estiverem filhos envolvidos.
Sou, por isso, a favor do fim do divórcio litigioso, na medida em que o considero uma prática arcaica que vê o Homem como um objecto e não como uma pessoa. Reconheço, assim, que foi uma boa proposta apresentada pelo Governo, talvez das únicas nestes últimos tempos, e que só peca, no entanto, por ter sido avançada tardiamente, uma vez que, já há um ano atrás, um dos partidos da oposição avançou com essa mesma proposta.
Na minha opinião, esta situação é fortemente injusta. Por um lado, porque prolonga indefinida e desnecessariamente situações de conflito; por outro lado, porque protege os mais fortes, ou seja, num casal em que só um dos cônjuges tenha rendimentos próprios, ou em que o rendimento de um seja muito superior ao rendimento do outro, o mais rico pode fazer prolongar os processos, dificultando a vida do outro.
A Família é muito importante, sem dúvida, mas manter um casamento só porque um dia alguém nos disse que este deveria ser para toda a vida, porque a Igreja assim o quer, é um erro muito grave. O casamento só faz sentido se existir Amor, se existir respeito e cumplicidade entre o casal, caso contrário, só acarretará sofrimento, principalmente se estiverem filhos envolvidos.
Sou, por isso, a favor do fim do divórcio litigioso, na medida em que o considero uma prática arcaica que vê o Homem como um objecto e não como uma pessoa. Reconheço, assim, que foi uma boa proposta apresentada pelo Governo, talvez das únicas nestes últimos tempos, e que só peca, no entanto, por ter sido avançada tardiamente, uma vez que, já há um ano atrás, um dos partidos da oposição avançou com essa mesma proposta.
6 comentários:
Querida Bárbara
Concordo contigo. Contudo, acho que se deveria tratar as situações que são diferentes de modo diferente.
Se um conjuge tem poder económico e o outro não, pode divorciar-se e deixar o outro na miséria. São casos delicados que têm acontecido no interior do país, para se casarem com brasileiras (sem discriminação...).
Um beijo
Daniel
Também eu concordo com a medida...aos poucos vão-se destronando mitos culturais, verdadeiros monstros na contínua jornada de construção de uma verdadeira e justa Humanidade!
Família - a mais pequena democracia no coração das sociedades, talvez a mais antiga instituição do mundo.
Claro que além de dar grande valor à família, concordo plenamente com o divorcio… e o mais facilitado possível… terrível será viver numa não relação…
A maioria das Comarcas, e onde é possível, “canalizam” todos os divórcios, litigioso ou não, para a mediação, sendo este mais barato, mais rápido e com menos exposição publica…
Na questão dos divórcios litigiosos prolongados ganha sempre o mais forte… o advogado
Eu também concordo com esta medida e, no que a isto diz respeito, estou plenamente de acordo contigo: um casamento só faz sentido quando existe amor entre os elementos que formam o casal. Doutro modo, o casamento não faz qualquer sentido e eu não consigo compreender como é que pode haver pessoas que não aceitem o divórcio quando o companheiro assim o deseja.
Se num casamento, um dos elementos não se sente bem e pretende o divórcio, torna-se claro, para mim, que o casamento (a vida a dois) começa a deteriorar-se de tal maneira, que a vida conjugal passa a ser um inferno. Não compreendo, portanto, como é que se pode tomar uma atitude (recusa ao divórcio) que leva a uma vida infernal, com discussões frequentes, entre outras violências. Digo isto, partindo do princípio que a pessoa que quer o divórcio não está contente e não quer continuar a viver com o companheiro, contrariada.
Beijos,
Nuno.
Eu corroboro inteiramente a tua opinião sobre o divórcio...
Quando um dos cônjuges quer o divórcio, já por si deveria ser o suficiente.
Gostei dos teus temas.
Voiu regressar.
Bom fim de semana.
Bjnhs
ZezinhoMota
Realmente, ainda bem que há liberdade de expressão... ainda agora entrei num blog em que a autora manifesta a ideia contrária da tua:-) Desculpa, mas por acaso até concordo com o que está escrito no blog www.encruzilhadasdavida.blogspot.com
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