1.
Irrita-me profundamente quando ouço dizer que determinada criança é hiperactiva e que, por esse motivo, devo ter mais calma ao lidar com ela. No meu tempo, à hiperactividade dava-se o nome de falta de educação que, com uns bons tabefes, se resolvia. Ai se resolvia!
2.
É moda hoje em dia ter uma depressão. Depressões por tudo e por nada. Porque é de bom tom tomar uns comprimidozitos. Não porque nos drogamos, mas porque estamos doentes. Como é bom estar doente. Ouvi um dia alguém dizer que as depressões são para quem tem tempo e dinheiro. Subscrevo na íntegra!
Irrita-me profundamente quando ouço dizer que determinada criança é hiperactiva e que, por esse motivo, devo ter mais calma ao lidar com ela. No meu tempo, à hiperactividade dava-se o nome de falta de educação que, com uns bons tabefes, se resolvia. Ai se resolvia!
2.
É moda hoje em dia ter uma depressão. Depressões por tudo e por nada. Porque é de bom tom tomar uns comprimidozitos. Não porque nos drogamos, mas porque estamos doentes. Como é bom estar doente. Ouvi um dia alguém dizer que as depressões são para quem tem tempo e dinheiro. Subscrevo na íntegra!
12 comentários:
A mim também me irritam profundamente estas novas filosofias de desculpabilização constante...Quando era peqena um tabefe era milagroso. Hoje não porque é "hiperactivo, coitadinho". O coitadinho é que me irrita mesmo!
As depressões...são o prato do dia e são mesmo, concordo, para quem tem tempo, dinheiro e acrescentaria, pachorra.
Bem, o teu 2º texto está completamente correcto, já o 1º deve ser um pouco mais reservado. A hiperactividade é uma doença real e é preciso um pouco mais de compreensão quando lidamos e, como tu, temos de educar alguem que sofre dessa perturbação. Apenas digo por ter trabalhado durante muito tempo com crianças que sofriam dessa e muitas outras doenças, mas que todos os dias me davam razão para sorrir e enfrentar o dia que viria a seguir.
Mas estou de acordo contigo que muitos dos pais apenas querem desculpar a má educação que deram aos filhos. Continua com os optimos textos. ;D
ena Bárbara!!!
como consegues ser "tu"...directa e frontal!...ok, tiveste uma boa prof.
Já estou a ver que a "boa Professsora" foi a Marina. Mas tudo isto é verdade.
Nos últimos anos tem-se sentido uma cada vez maior desresponsabilização dos pais na educação dos filhos, passando esse papel a ser assumido (quase) inteiramente pelas escolas. É evidente que uma parte significativa do processo educativo é passado nas escolas, dado que é aí que as crianças passam a maior parte do tempo. Todavia, os comportamentos são completamente desajustados quando essas crianças se vêem em ambientes diferentes. Mostram uma total falta de respeito e de sentido de responsabilidade, fruto da deseducação de que são alvo em casa.
Isto acontece porque a ausência dos pais é compensada com prendas, de maneira a que os filhos sintam que os pais não se esqueceram deles. Estes pais "modernos", pensam que um ralhete ou uma bofetada é demasiado violento e um castigo muito forte a uma qualquer asneira. Dado que grande parte do tempo estão ausentes, querem que o tempo passado com eles seja o mais agradável possível. O problema é que este tipo de educação deita por terra valores morais e sociais, leccionados e valorizados nas escolas, e que acabam por ser substituídos pelos valores materiais. Daí que se exija a PS3 ou a PSP, o telemóvel de última geração (de preferência, um topo de gama), do leitor de MP3 todo xpto...
Consequentemente, os valores morais passam para segundo plano e os comportamentos são tão desadequados, que é evidente que houve ali falta de mais qualquer coisa (educação). Como já é tarde e os responsáveis são sempre anónimos ou desconhecidos (!) - a culpa morre sempre solteira - há que arranjar uma desculpa mais ou menos fundamentada para que as crianças sejam assim. A hiperactividade é uma delas.
Reconheço que possa haver casos que sejam, realmente, problemáticos e se esteja mesmo perante uma doença. Mas também acredito que muitas dessas crianças que se dizem ser hiperactivas são, tão somente, mal educadas.
Beijitos,
Nuno.
Com alguma tolerância, até porque existem casos graves, entendo o que dizes... tudo agora é culpa de alguém ou de algo, passando ao lado da responsabilidade que cada um deve assumir, apesar das circunstâncias.
Um beijo
Daniel
Hiperactividade: necessidade desesperada de cativar a atenção e carinho de alguém. Anseio de preencher uma infinita lacuna fruto de uma relação distanciada e vazia com os Pais. Luta desigual contra as futilidades com que os Pais tentam colmatar a falta de jeito que têm para educação com Amor. Fruto de uma relação materialista, bacoca e inerte.
Tratamento: olhar nos olhos, da criança, com firmeza, tratá-la como igual e dar-lhe carinho e atenção qb. Quanto aos Pais: mandá-los à m...
Depressão: estado psicotrópico tipico de quem não sabe fazer mais nada.
Tratamento: um copo de um bom vinho tinto maduro. Uma queca também ajuda, antes ou depois conforme o estado do tempo.
Olá Bárbara! Hoje decidi passar por aqui e decidi escrever porque n posso discordar mais contigo.EM relação à hiperactividade, nada a dizer. Em relação à depressão também pensava como tu até conviver de perto com um caso. A verdade é q a depressão é uma doença, mesmo. Não é da moda, é doença. Quando comprovada clinicamente, assusta-me porque leva pessoas a fazerem o q nunca fariam por vontade própria. Imagina veres-te nesta situação. Há uns meses morreu uma senhora bem casada, com dois filhos, de câncro que lhe deixou apenas dois meses para se despedir. O marido, não aguentou e passados outros dois meses, decidiu suicidar-se, deixando, certamente, marcas profundas nos dois filhos, um da nossa idade, outro um pouco mais velho. Que pessoa, que não esteja a sofrer de depressão ou doença semelhante, comete um acto destes? Existirá um egoísmo tão grande ao ponto de abandonar e fazer sofrer deliberadamente os filhos ou pode justificar-se, não desculpar-se, com uma depressão grave?
Beijinho.Patta
Pattinha,
Antes de mais, obrigada pelo comentário... Espero que esteja tudo bem contigo!
Eu percebo o que dizes. Também eu sei que a depressão (e também a hiperactividade) é uma doença. Pelo menos é o que os médicos dizem. No entanto, é uma doença do foro psicológico e, como tal, cabe a nós deixarmo-nos, ou não, envolver por ela. Agora acredito que haja pessoas mais fracas que outras, e lamento por isso.
"Somos apenas um produto do meio em que somos criados..."
Ainda existem pais?... Claro biológicos existirão sempre… falava de pais com o significado de ”aquele que educa”… a hiperactividade… é uma desculpa não para os miúdos mas sim para aqueles pais que se demitiram de educar os filhos ou até de apenas conversarem com eles pelo menos dez minutos por dia e todos os dias…
Concordo com o que dizes em relação à hiperactividade. Na verdade, há muitos pais que procuram desculpar as atitudes dos filhotes com a chamada "hiperactividade". Ela realmente existe, mas deve saber-se distinguir da falta de educação e respeito pelo próximo. Um tabefe não faz mal a ninguém e sou a favor disso... Em pequena também levei alguns quando era preciso, podia queixar-me, mas hoje sei reconhecer que me fizeram crescer.
Quanto à depressão lamento, mas discordo na totalidade do que escreves. Isso só denota que nunca lidaste nem lidas com pessoas próximas que têm esse problema de saúde. É por existirem pessoas que pensam como tu que há cada vez mais pessoas com depressão... porque não encontram apoio em amigos ou familiares que os ajudem a livrar-se dos maus pensamentos que a depressão possa trazer. Isso é desumano! Além de que, caso não saibas, a depressão não leva só ao sucídio (como refere a tua amiga Patta), mas a doenças incapacitantes como Alzheimer ou Esclerose Múltipla. Falas sem conhecimento de causa, porque não és médica nem lidaste com seres humanos que têm esses problemas. De que vale a tua frontalidade se não tem fundamento aquilo que afirmas? É revoltante mesmo! Oxalá que nunca tenhas de lidar com essa doença, em ti, familiares ou amigos!
Pessoalmente, não concordo muito contigo na parte da depressão... :(
Todos temos um limite. Às vezes esse limite é quebrado. E não chega a boa-vontade, a palmadinha nas costas, o copo de vinho... para resolvermos os problemas (ou a doença)!
Quanto à hiperactividade... concordo contigo em que muitos dos casos é de má-educação que se trata. A verdade é que a disciplina (e a auto-disciplina) estão em défice nas famílias e nas escolas! :)
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